Em O Simulacro das Sombras, Livro 2 da trilogia Aura Sombria, Dante e Virgílio regressam após seis anos dos embates intensos no Livro 1 (A Aura Sombria de Dante). Em 2005, nosso anti-herói, aos 19 anos, viaja em busca de novas aventuras, enfrentando conflitos da vida adulta e descobrindo relações afetivas. Hospedeiro de uma Aura rara, ele encara inimigos desconhecidos e sua própria persona: Sicarius, o deus da carnificina. Mergulhe numa trama cheia de reviravoltas e encante-se com a mitologia dos seres áuricos. Lançamento exclusivo para versão e-book.
A Aura Sombria de Dante é um pesadelo vívido, onde o leitor mergulha, não para o resgate do protagonista, mas para compartilhar de seus traumas, enfrentar inimigos e a si mesmo, e então experimentar a liberdade olímpica tão desejada por Clarice Lispector (uma referência inevitável). Dante é um ser dual, imaterial dentro de um mundo terreno, capaz ao mesmo tempo de se materializar além dos planos espirituais. Essa capacidade fantástica o torna livre? Independentemente de sua natureza e das extensões de seus poderes, duvido muito que ele se sinta livre enquanto precisar fazer escolhas. Dante e Virgílio regressarão no ano de 2005. Espero que estejam ansiosos para se juntarem a eles num passado futuro.
O Herbário é uma reunião de contos floridos. As plantas mais vigorosas se firmam nos terrenos mais fúnebres, as venenosas florescem em um ambiente terno e as menores se alastram invasoras. Meu jardim é cultivado em um terreno fértil e obscuro; minhas mudas são regadas com traumas, gotículas de medo e borrifos de afeto. Não sou um poeta que vê beleza nas flores; estou mais para um lunático obcecado por raízes e seus problemas mais profundos. Usei o Herbário como um experimento; eu deveria me envergonhar por ser tão amador, mas acabei vendo beleza nisso. Espero ter tempo. Ainda existem muitas plantas para serem catalogadas.
Essas crônicas representam meus rabiscos mais pessoais. São cacos de espelhos quebrados por mim mesmo, uma tentativa desesperada de fragmentar meu reflexo de loucura. Entender o que sinto é um processo difícil. Eu sei quem sou, não tenho dúvidas do que desejo, mas confesso ser uma pessoa que não pede ajuda, não demonstra afeto e desconfia do amor. É um livro sobre mim. Talvez exista alguma coisa sobre você, uma coincidência, é claro. Os sussurros que me sopram não podem ser os mesmos que os seus, a menos que estejamos compartilhando o mesmo demônio da guarda.
Plantas suicidas é um conto, ou crônica, talvez uma fábula, provavelmente um pedido de socorro. Diria até que funciona como um feitiço de prosperidade, uma carta ao universo. Cuidem da saúde mental das plantas!
Como escritor de ficção, atrevo dizer que tenho grande potencial para desenvolver romances de ficção científica. No entanto, este artigo representa o meu primeiro texto publicado e é totalmente voltado para fins acadêmicos. O artigo apresenta um sistema web integrado a um protótipo de medidor de energia elétrica para o monitoramento do consumo em eletrodomésticos. Os dados de medição são coletados e enviados via rede de comunicação para o sistema, que fornece ao usuário informações em tempo real sobre consumo e tarifação, auxiliando-o na tomada de decisões quanto ao uso de energia elétrica em sua residência. Dessa forma, essa ferramenta visa auxiliar o usuário no uso consciente e sustentável de energia elétrica.
Rafael Cavalheiro é um escritor paraense nascido em 1986. Desde cedo, demonstrou interesse pela leitura, influenciado pelos livros de aventura. Formou-se em Sistemas de Informação pela UFPA, onde teve a oportunidade de aprimorar suas habilidades literárias com as produções acadêmicas que porventura ou sarcasmo, acabaram levando-o para o mundo clássico oposto à escrita de códigos-fonte. Atualmente, escreve e autopublica livros de ficção.
Primeiro aviso: sua fantasia de “Hazel Grace” com “Peter Van Houten” termina aqui.
Eu sou muito pior do que ele e você precisa estar ciente de que o meu nicho literário
é um lugar de difícil afeto, isso mesmo, afeto e não acesso, o que é a mesma coisa que
dizer que você terá dificuldades para entrar. Meus livros são um simulacro de estética,
onde a beleza é inútil. É só a liberdade que me importa. Agora, já que lhe dei uma amostra
grátis do meu nível de agressividade, e você não foi embora, posso dizer por que resolvi escrever.
Segundo aviso: no primeiro sintoma de depressão ou outro transtorno mental,
procure ajuda profissional. Negligenciar minha saúde mental foi o que me trouxe até aqui. Atividade
física, exposição ao sol, meditação, banho energético com sal grosso e ervas quentes, nada disso
funcionou comigo. Já escrever me garantiu uma sobrevida. Eu me expresso melhor escrevendo do que
falando. Se estivéssemos conversando face a face agora, possivelmente eu estaria bêbado, por que
diabos eu conversaria com estranhos? Por outro lado, você que decidiu me ler torna tudo excepcional.
Os livros sempre chegaram até mim de uma forma aleatória. Achados, presentes, doações todas essas
ações espontâneas me apresentaram autores magníficos e histórias inesquecíveis. Os melhores
encontrões foram com autores desconhecidos. Eles sempre foram mais humildes e convidativos,
uma gentileza literária que só pode ser experimentada no amadorismo. Compactar meus livros em
formato digital, encapsular em um algoritmo que vai esbarrar na sua tela mais cedo ou mais tarde,
torna nosso encontro artificial e manipulado no sentido probabilístico. Mas ainda assim, você me
viu através de um anúncio digital e decidiu me dar uma chance. Nesse, e somente nesse, encontro
bizarro, eu o abraçaria, uma demonstração simulada de afeto, é claro. Lhe abraçando, digo que
resolvi escrever depois de ouvir um sussurro imperativo: “Escreva o livro!”. “Minha nascente é
obscura. Estou escrevendo porque não sei o que fazer de mim”. Não é uma citação a Clarice, é um
tiro certeiro no meu coração sombrio.“Minha vida me quer escritor e então escrevo.
Não é por escolha: é íntima ordem de comando”. Desconfio que estou sendo assombrado por uma mulher
chamada Ângela. Preciso tanto de um exorcista quanto de uma editora. E eu só optei pela autopublicação pois, após um sim disfarçado
de não, me senti desafiado a transformar esse surto em algo material. Me colocar numa situação de
amador me permitiu estudar do começo, ir do nível easy para o hard. Fiz coisas que não conseguia
fazer porque ainda não tinha aprendido como. Busquei qualidade até o meu limite. E tudo o que você
toca, vê e lê nestes livros sou eu experimentando como um cientista louco.
Terceiro aviso: eu sou sim grato pelo apoio que recebo. Se você leu qualquer uma das minhas obras,
sou grato a você pelo carinho. Se você não leu, mas se solidarizou com a minha luta e esforço, me
apoiando da forma que pôde, sou grato a você por isso. Se você não pôde fazer nenhuma das duas
coisas, sou grato por permanecer em silêncio.
Eu prefiro ser subestimado do que superestimado. A superestima é uma vaidade, um delírio.
Ser subestimado me torna perigoso e insaciável, e o perigo deixa tudo mais divertido e a fome é real.
Eu sempre vou escrever ficção. A ficção é um mapa. Existem muitos fugitivos nesse mundo e eu
preciso ajudá-los a encontrar um caminho, seja o do amor fati, o da liberdade olímpica ou o
caminho em que me encontrarão, o da subversão.